Descrição
Este projeto teve como principal objetivo ampliar o conhecimento sobre a diversidade biológica na Ilha Grande, utilizando a metodologia RAPELD que permite a integração de dados de diversos estudos. Dentro da estrutura do RAPELD já estabelecida na Ilha Grande, houve capturas de morcegos com redes de neblina e também amostragens com detectores de sinais de ecolocalização, uma técnica pouco difundida no Brasil que vem crescendo.
Registros de Dados
Os dados deste recurso de evento de amostragem foram publicados como um Darwin Core Archive (DwC-A), que é o formato padronizado para compartilhamento de dados de biodiversidade como um conjunto de uma ou mais tabelas de dados. A tabela de dados do núcleo contém 57 registros.
Também existem 2 tabelas de dados de extensão. Um registro de extensão fornece informações adicionais sobre um registro do núcleo. O número de registros em cada tabela de dados de extensão é ilustrado abaixo.
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Versões
A tabela abaixo mostra apenas versões de recursos que são publicamente acessíveis.
Como citar
Pesquisadores deveriam citar esta obra da seguinte maneira:
Costa LM, Lourenço EC, Bergallo HG. (2023): PPBioMA - Levantamento de morcegos na Ilha Grande - Mata Atlântica. v1.1. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Dataset/Samplingevent. https://ipt.sibbr.gov.br/ppbio/resource?r=ppbio_mataatlantica_01&v=1.1
Direitos
Pesquisadores devem respeitar a seguinte declaração de direitos:
O editor e o detentor dos direitos deste trabalho é Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira - SiBBr. This work is licensed under a Creative Commons Attribution Non Commercial (CC-BY-NC 4.0) License.
GBIF Registration
Este recurso não foi registrado pelo GBIF
Palavras-chave
Chiroptera; Mata Atlântica; Monitoramento acústico; Morcegos; RAPELD; Rede de neblina; Rio de Janeiro; Inventário
Contatos
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Cobertura Geográfica
A Ilha Grande está localizada no litoral Sul do estado do Rio de Janeiro, na Região da Costa Verde, município de Angra dos Reis. Trata-se de um fragmento do maciço litorâneo da Serra do Mar com uma área de 193 km² e 155 km de perímetro. Está inserida na Baía da Ilha Grande, sendo o ponto mais próximo do continente distante a três km. Corresponde a maior ilha fluminense e apresenta uma beleza natural exuberante. É considerada um santuário ecológico devido a sua alta diversidade biológica, com vários casos de endemismo. O clima é do tipo Af (quente e úmido), segundo a classificação de Köppen-Geiger. Apresenta variação de precipitação pluviométrica entre 1.245 a 4.531 mm ao longo do ano, estando muito relacionada a fatores como maritimidade, intensa insolação e a altimetria do relevo. A temperatura média anual está entorno de 24 ºC e não se observa estação seca bem definida. Na Ilha Grande existe uma grande diversidade de ecossistemas que são característicos da Mata Atlântica. As formações vegetais incluem a Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, Submontana e Montana, Restinga, Manguezal, Lagunas e Vegetação sobre Afloramentos Rochosos. As parcelas RAPELD PPBio foram instaladas no Parque Estadual da Ilha Grande (Módulo Leste), que é o segundo maior Parque Estadual do Rio de Janeiro, e na Reserva Biológica da Praia do Sul (Módulo Oeste). O Parque Estadual da Ilha Grande foi implantado com o intuito de conservar os recursos naturais e incentivar o turismo ecológico. Cerca de 87% da área está protegida, não podendo ocorrer alteração no ambiente, como atividades agrícolas ou novas ocupações residenciais. A Reserva Biológica da Praia do Sul localiza-se entre as praias dos Meros e da Parnaioca e tem como objetivo conservar as espécies da fauna e flora que correm risco de extinção, pesquisa e educação ambiental.
Coordenadas delimitadoras | Sul Oeste [-90, -180], Norte Leste [90, 180] |
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Cobertura Taxonômica
Os morcegos são classificados na Ordem Chiroptera.
Ordem | Chiroptera (Morcego) |
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Cobertura Temporal
Data Inicial / Data final | 2014-12-03 / 2018-08-28 |
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Dados Sobre o Projeto
Os objetivos gerais deste projeto são de compreender como as assembleias se estruturam e por quais processos, quais são os padrões de ocupação e de detectabilidade e a história natural de espécies de mamíferos. Através da modelagem da distribuição espacial das espécies podemos avaliar quais fatores do hábitat são chaves para as espécies (e.g. recurso hídrico, estrutura da vegetação), ou quais impactos antrópicos (e.g. distância de estradas, presença de espécies invasoras) elas evitam. Os estudos estão sendo desenvolvidos no Parque Estadual da Ilha Grande, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na Reserva Natural da Vale, na Reserva Biológica de Sooretama e em parques estaduais do Estado do Espírito Santo. Este projeto agrega os projetos de iniciação científica, mestrado e doutorado desenvolvidos pelos alunos que a Dra. Helena de Godoy Bergallo orienta no Laboratório de Ecologia de Mamíferos.
Título | Pesquisas integradas com mamíferos na Mata Atlântica: estudos de caso com espécies endêmicas, ameaçadas e exóticas invasoras |
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Identificador | PPBio Mata Atlântica |
Financiamento | Especificamente para o projeto que envolve os morcegos na Ilha Grande, os financiamentos foram: FAPERJ - Taxa de bancada de pós-doutorado PAPDRJ: E-26/101.399/2014 (Luciana de Moraes Costa); FAPERJ - Taxa de bancada de pós-doutorado PAPDRJ: E-26/202.158/2015 (Elizabete Captivo Lourenço); FAPERJ - E-26/103.016/2011 e E-26/111.394/2012 (Helena de Godoy Bergallo); CNPq - Processo: 457458/2012-7 (Helena de Godoy Bergallo). |
Descrição da Área de Estudo | Na Ilha Grande foram marcadas parcelas permanentes em duas localidades: o Módulo Leste inserido no Parque Estadual da Ilha Grande e o Módulo Oeste na Resrva Biológica da Praia do Sul. Essas parcelas estão dispostas em diferentes faixas altitudinais situadas do nível do mar até quase 700 m de altitude. O Módulo Leste é caracterizado pela presença da Floresta Ombrófila Densa Submontana (50-500 m) e Montana (500-1.000 m). Nesse módulo foram estabelecidas e amostradas dez parcelas: L1 500, L1 1.500, L1 2.500, L1 3.500, L1 4.500, L2 500, L2 1.500, L2 2.500, L2 3.500, L2 4.500. O Módulo Oeste se localiza na região da Praia do Sul. Tem dez parcelas, sendo quatro amostradas no presente estudo de quirópteros: O1 3.500, O1 5.000, O2 4.950 e O2 4.500. A composição da vegetação varia abrangendo áreas de Formação Pioneira de Influência Marinha (Restinga), Fluvio-marinha (Mata Alagadiça e Manguezal) e de Floresta Ombrófila Densa Submontana. |
Descrição do Design | O estudo é inédito no estado do Rio de Janeiro, não porque não haja bons inventários de morcegos no estado, mas porque ainda não existiam tentativas de analisar amostragens com uma metodologia padronizada por um longo tempo de estudo. Poucas são as pesquisas que possuem um caráter multidisciplinar, para tanto, são necessárias amostragens em mesmos locais e em uma mesma escala, com uso de desenhos padronizados, de forma que as informações possam ser integradas; como é o caso do RAPELD. Um delineamento amostral integrado é muito relevante, pois de forma geral o que ocorre, é um grande investimento em pesquisas que têm seus desenhos amostrais específicos aos problemas em questão, mas a cada nova ameaça ou oportunidade que aparece, é necessário desmantelar toda a infraestrutura e recomeçar com um novo desenho amostral. Isso leva a resultados que não podem ser integrados ou comparáveis, uma vez que os dados não são coletados em uma mesma escala (Magnusson et al. 2008). Dentro da estrutura do RAPELD na Ilha Grande, teve capturas de morcegos com redes de neblina e também amostragens com detectores de sinais de ecolocalização, uma técnica ainda pouco difundida no Brasil, mas que vem crescendo. Os resultados obtidos neste projeto permitirão comparações com outros sítios que utilizam a metodologia RAPELD. |
O pessoal envolvido no projeto:
- Autor
Métodos de Amostragem
Treze redes de neblina (10 x 3 m, 19 mm de malha, Ecotone® 719/10) para amostragem de morcegos foram posicionadas ao longo do corredor central em cada parcela amostrada. Permaneceram abertas do pôr do sol ao amanhecer e foram vistoriadas em intervalos médios de 20 em 20 minutos para retirada dos morcegos capturados.
Área de Estudo | O trabalho de campo para captura de morcegos foi realizado entre dezembro de 2014 e agosto de 2018, totalizando 56 noites com 661 horas de amostragem. Cada parcela teve um total de quatro noites de amostragens, sendo duas na época considerada úmida e duas na época considerada seca. Foi considerado como época úmida o período entre a primavera e o verão, que vai de outubro a março, e época seca do outono e inverno, entre os meses de abril a setembro. |
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Controle de Qualidade | Os morcegos foram colocados individualmente em sacos brancos de pano de algodão, onde permaneceram por aproximadamente duas horas para obtenção de amostras fecais. Posteriormente foram pesados e marcados com coleiras modelo Tie-Pin 130 mm providas de anilhas fechadas (www.anilhas.com), onde cada indivíduo teve sua numeração própria para futura identificação na recaptura. Os animais jovens foram identificados pelo grau de ossificação das epífises e não receberam essa marcação, pois ao crescerem ganham massa corporal e a coleira pode machucá-los. Então foram feitos furos no dactilopatágio para confirmar a recaptura na mesma campanha. Os morcegos capturados tiveram seus dados registrados, como data e hora da captura, peso, sexo, condição reprodutiva, classificação como jovens ou adultos e tamanho do antebraço. Posteriormente os indivíduos capturados foram soltos no mesmo local de captura. |
Descrição dos passos do método:
- Os morcegos foram inicialmente identificados no campo com o uso de guias de campo e chaves de identificação disponíveis na literatura científica (principalmente, Emmons & Feer, 1997; Gregorin & Taddei, 2002; Reis et al., 2007; Gardner, 2008; Reis et al., 2013). A nomenclatura das espécies seguiu Gabirno et al., 2020. Alguns indivíduos de cada espécies foram coletadas para material testemunho. Esses morcegos foram depositados no acervo de referência do Laboratório de Mastozoologia Dr. Adriano Lúcio Peracchi – ALP, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Licenças: IBAMA № 12548 e № 10361; SISBIO № 45702-4; INEA № 63/2015; CEUA UERJ № 008/2018). Para uma determinação mais precisa dos dados referentes ao Sol e à Lua, foi utilizado o programa Moonphase 3.3. Como o horário do pôr-do-sol pode variar a cada dia dependendo da estação do ano, a unidade de tempo em que os dados foram registrados foi convertida para “minutos após o pôr-do-sol”. A temperatura e a umidade foram medidas através de um aparelho chamado termohigrômetro digital. As medidas foram registradas no começo, no meio e no fim da amostragem. Dados de nuvem, vento e chuva também foram anotados. Esses dados foram avaliados pela percepção da equipe.
Dados de Coleção
Nome da Coleção | Laboratório de Mastozoologia Dr. Adriano Lúcio Peracchi – ALP |
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Métodos de preservação do espécime | Álcool |
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Metadados Adicionais
Identificadores alternativos | https://ipt.sibbr.gov.br/ppbio/resource?r=ppbio_mataatlantica_01 |
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